Eduardo Freitas
Projeto en-talho
O projeto artístico En.talho, título que alude tanto ao ato de talhar a pedra quanto as lojas de comércio de carne, surge nos espaços da Associação Pó de Vir a Ser, lugar onde funcionava no passado o Matadouro Público de Évora, um equipamento industrial de relevo para a história da industrialização da alimentação da cidade. Evocando as memórias desses espaços, Eduardo Freitas construiu esculturas que usam a pedra como matéria principal das suas criações, e apresentou performances em três espaços de relevo para o comércio alimentar da cidade de Évora: Mercado Municipal 1º de Maio, Rossio de S. Brás e o Antigo Matadouro de Évora.
Durante as apresentações de En.talho: performance para esculpir uma refeição, o artista cozinha e ativa as esculturas pétreas – um fogão, uma mesa, um cavalete para menu e uma vitrine recheada de carne – e oferece ao público comidas que fazem alusão à pedra, como o bolo mármore, pão marmoriado, sopa da pedra, granito (ponta do peito bovino), pedra de sal, entre outros.
Neste festim, o público foi convidado a celebrar os 40 anos do Simpósio Internacional de Escultura em Pedra – Évora 81, bem como a degustar e refletir sobre a palavra sympósion, que significa comer e beber em comunidade e que, na Grécia Antiga, representava uma das mais importantes formas de educação e formação do cidadão.
